Ministro confirma ligação de munição na morte de Marielle com chacina de Osasco e Barueri
Vereadora do Rio de Janeiro foi morta na quarta; ministro confirma roubo do material
O ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, confirmou que as munições utilizadas no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Pedro Gomes, na última quarta-feira (14), foram roubadas de um carregamento da Polícia Federal.
Jungman também confirmou que o material pertence ao mesmo lote utilizado na maior chacina do estado, em Osasco e Barueri, quando 17 pessoas foram assassinadas;
"A Polícia Federal já abriu mais de 50 inquéritos por conta dessa munição desviada. Então eu acredito que essas cápsulas encontradas na cena do crime foram efetivamente roubadas. Também tem a ver com a chacina de Osasco, já se sabe", disse. Três policiais e um guarda municipal foram condenados por conta da ocorrência na região.
De acordo com Jungmann, o carregamento das balas foi dividido em três partes: uma parte ficou em Brasília, a segunda foi roubada dos Correios no estado nordestino e outra, segundo informações preliminares, teria sido desviada por um escrivão da Superintendência da PF no Rio de Janeiro.
O ministro disse que a corporação destacou "o melhor especialista em impressões digitais e DNA" para avaliar o material das cápsulas encontradas no local onde Marielle e o motorista do carro em que ela estava foram mortos.
Defensora dos direitos humanos no Rio, Marielle foi morta com cinco tiros, após deixar um evento. A Polícia ainda investiga as causas e trabalha com a hipótese de crime político.