Mais de 60% dos moradores do bairro adotam medidas contra roubos com PIX
Dado é de uma enquete da FDA. Especialista dá dicas de como se prevenir deste tipo de crime que vem crescendo
Na terça-feira (17), durante a operação "Sufoco", a Polícia Civil prendeu seis suspeitos de integrarem uma quadrilha do PIX que agia em Barueri, Cotia, Carapicuíba, Osasco e na zona oeste da Capital paulista. Por conta da facilidade para a transferência de dinheiro, o roubo e/ou furto de celulares para a prática de transações via PIX por criminosos está aumentando.
Uma enquete feita nas redes sociais da Folha de Alphaville nesta terça-feira (17) mostrou que 61% dos moradores do bairro que responderam adotam medidas de segurança para evitar roubos com PIX e 39% informaram que não tomam nenhuma precaução.
Entre as principais ações citadas está manter o limite de transferência baixo no PIX, deletar o aplicativo do banco e utilizar um celular reserva.
Especialista
À reportagem, Marcos Simplicio, professor do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais da Escola Politécnica da USP, informou que não existe uma solução única para o problema, mas que algumas medidas podem auxiliar, como ter dois ou mais fatores de autenticação nos aplicativos.
"Isso é sempre recomendado. Assim, mesmo que o bandido consiga de alguma forma burlar um mecanismo, outro pode segurá-lo. Esconder aplicativos costuma ser uma boa estratégia contra roubo/furto e também contra sequestro relâmpago. Além disso, ter senhas diferentes para cada banco é uma recomendação relevante", apontou o especialista.
Simplicio disse ainda que limitar o valor das transferências por PIX é uma alternativa interessante para quem acredita que vai precisar do app enquanto estiver fora de casa.
"Se seu banco permite definir limites dependendo do canal em que está sendo feita a transação, do horário, da localização, é bom personalizar para reduzir o dano causado".
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) destacou que "os bancos possuem funcionalidades em seus aplicativos que permitem que o cliente ajuste os limites transacionais no celular".