Locação residencial cresce 14% no Estado, aponta CRECI-SP
Dados mostram o comportamento dos aluguéis novos e dos preços de imóveis
De acordo com pesquisa feita pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CRECISP), divulgada recentemente, o mercado de locação residencial registrou queda no volume de imóveis alugados em dezembro no Estado de São Paulo, de 1,95% em comparação com novembro. Mesmo assim, o saldo acumulado em 2017 ficou positivo em 14%.
O Índice Crecisp, que mostra o comportamento dos aluguéis novos e dos preços de imóveis nas 37 cidades em que a pesquisa é feita, registrou alta de 5,4% no mês de dezembro em relação a novembro. No ano, o indicador ficou positivo em 1,23%, mas abaixo da inflação oficial (IPCA), de 2,95%. Repetiuse o que aconteceu em 2016, quando o Índice CRECISP acumulou alta de 4,26% e o IPCA fechou em 6,29%.
Vendas
As vendas de imóveis usados caíram em dezembro, comparado a novembro, nas quatro regiões que compõem a pesquisa CreciSP: na Capital (- 10,43%), no Interior (11,39%), no Litoral (- 38,03%) e nas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco (- 3,33%).
O presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto, atribuiu a queda a um conjunto de fatores. "Além das despesas extras de final de ano que comprometeram os orçamentos das famílias com presentes, festas, viagens e férias, o desemprego e omedo de perder o trabalho impedem ou travam a decisão de compra da casa própria", afirmou. Foi um final de ano em que as incertezas sobre o futuro pesaram nas decisões.
Segundo Viana Neto, "quem tinha recursos para comprar à vista ou com pagamento parcelado pelos proprietários deve ter se acautelado diante das incertezas que ainda marcam a Economia, e quem não tinha e dependia de financiamento viu as portas dos bancos se fecharem".
Expectativas
O presidente do Crecisp disse que as expectativas para o mercado de imóveis usados neste ano dependem, também, de muitos fatores, como a melhora do emprego, dos salários e, sobretudo, do comportamento dos bancos.
Da parte do governo, acrescenta Viana Neto, "se espera a liberação também para o crédito habitacional de recursos retidos no compulsório dos bancos, já anunciada pelo Banco Central, e efetiva ampliação dos recursos para os financiamentos subsidiados, como os da Minha Casa, Minha Vida, além de pressionar os bancos para que cumpram seu papel de agentes
de desenvolvimento econômico".