À reportagem, Luciano Teixeira da Silva, irmão de Bruno, afirmou que acredita que essa situação poderia ter sido evitada e que apenas um outro irmão da família, Rodrigo, sabia que ele participaria da corrida.

"Não se corre uma maratona assim do nada, sem um preparo físico, mental, psicológico, com descanso adequado, alimentação adequada. Poderia ser evitado neste aspecto, poderia ter socorro no local. Tinham dois profissionais ligados ao Pablo Marçal, que são professores dele. Eles estavam dentro dessa maratona, que chamam de corrida treino. Mas se é uma corrida treino, porque tinham que ser feitos os 42km? Isso não faz sentido", disse.

Segundo Luciano, no dia da ocorrência, um rapaz chamado Tasso, que se identificou como amigo de Bruno, ligou e informou o que tinha acontecido e que tinha tomado todas as providências.

"Depois ficamos sabendo que este rapaz Tasso, na verdade, era advogado direto do Pablo Marçal. Atualmente, eles estão entrando em contato sim conosco, mas agora começaram a mandar mensagens, falando que estão dispostos a ajudar. Mas eles printam essas mensagens e mandam para a mídia para mostrar que eles querem colaborar", apontou.

Luciano também mencionou que a família contratou um advogado para auxiliar nessa situação. "Estivemos no local e obtivemos imagens de câmeras. Estamos acompanhando de perto para entender o que realmente aconteceu. Vamos registrar um Boletim de Ocorrência para dar continuidade à investigação. Existem muitas questões em aberto, informações que descobrimos posteriormente, então precisamos investigar mais a fundo", disse ele.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa de Pablo Marçal, mas não obteve retorno.

Investigação
De acordo com Ednelson de Jesus Martins, delegado do 2º DP de Alphaville e responsável pelo caso, foi instaurado IP para apurar as circunstâncias da morte, mas ainda não há o resultado do laudo.