Armadora esquerda do time de handebol do Alphaville Tênis Clube, Monique Henrique, de 17 anos, está desde o começo da semana com seleção brasileira juvenil, que treina para disputar o Pan-Americano, na Argentina. Ao todo, 21 atletas foram convocadas no país e 18 serão selecionadas para seguir com o grupo no mês de abril.

"Fiz parte do acampamento de melhoria técnica que teve aqui em São Bernardo do Campo e depois veio aconvocação. Meu nome saiu na lista e fiquei muito feliz, não esperava", conta a jogadora.

Nascida em Osasco, ela morou sempre em Barueri, no bairro do Parque Viana. Antes de chegar ao ATC, a atleta passou pelas escolinhas do GRB (Grêmio Recreativo Barueri). Começou com 11 anos, incentivada pela mãe, Monica, e fez testes com o técnico Rubens Amaro. Nos últimos anos, com a crise econômica, houve o encerramento de algumas modalidades e Monique ficou sem time.

Nesse período, foi convidada pelo técnico Tiago Camargo para jogar no Itapevi e depois, em 2015, para atuar no Alphaville Tênis Clube. A jogadora tem se inspirado na seleção brasileira, que venceu o mundial adulto da categoria em 2013. "Me inspiro bastante na Duda Amorim que é m eia esquerda titular e tem outras jogadoras internacionais", afirma. Duda foi considerada a melhor do mundo em 2014.

Ela defende mais espaço para a modalidade na cidade e na região. "Acho que na minha região e em Barueri falta um pouco mais de incentivo
apesar das escolinhas que estão voltando. Barueri tem tudo para ter um clube de muito forte, como já teve", completa.

Para Monique, a conquista mundial em 2013 ajudou a dar visibilidade e ela se considera na luta por fazer o esporte mais reconhecido. "Com esse título a gente ainda vai fazer com que o handebol seja um esporte de um outro patamar. Que todo mundo conhecesse tanto quanto futebol, volei, e basquete. Essa é nossa luta todos os dias para todo mundo dar muito mais valor ao esporte".

Estudo
Ao mesmo tempo em que atua no handebol, Monique tem focado nos estudos. Ela faz o curso de design de interiores no ITB (Instituto Técnico de Barueri) e pretende estudar arquitetura. Ela quer conciliar os estudos com a modalidade. "Sempre me vi jogando handebol, mas os estudos nunca deixaram de ser importantes. Consigo conciliar muito bem o esporte com a escola e pretendo fazer uma faculdade de arquitetura, para ter um plano B", conclui.