Sexta, 22 Novembro 2024

Cidades

Fundador do Galpão Alphaville, Victor Bonato é preso sob acusação de estupro

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Fundador do Galpão Alphaville, Victor Bonato é preso sob acusação de estupro

Três mulheres denunciam que Bonato usava sua "influência" no Galpão para manipulá-las e obrigá-las a manter relações sexuais com ele


Três mulheres denunciam que Bonato usava sua "influência" no Galpão para manipulá-las e obrigá-las a manter relações sexuais com ele, crimes supostamente cometidos entre janeiro e setembro deste ano (Reprodução Redes Sociais)
Um dos fundadores do movimento religioso Galpão em Alphaville, Victor Bonato, de 27 anos, foi preso temporariamente por 30 dias após ser acusado de estuprar três mulheres. As vítimas, frequentadoras do espaço onde ocorriam os cultos, são duas estudantes de medicina, de 19 e 20 anos, e uma empresária de 24 anos. Elas denunciaram que Bonato usava sua "influência" no Galpão para manipulá-las e obrigá-las a manter relações sexuais com ele, crimes supostamente cometidos entre janeiro e setembro deste ano.

Os crimes teriam ocorrido na casa de Bonato, para onde ele convidava as mulheres para assistir filmes. Lá, elas alegam que o influencer as tocou sem consentimento e as forçou a praticar sexo oral. Os depoimentos também mencionam agressões físicas, como "tapas fortes", durante os atos sexuais. Uma das vítimas afirmou que ele "sempre exigiu que nada fosse falado para ninguém."

A prisão de Victor Bonato foi decretada pelo juiz Fabio Calheiros do Nascimento, da 2ª Vara Criminal de Barueri, dois dias após as denúncias, e cumprida pela Polícia Civil no mesmo dia. O juiz salientou que as três vítimas frequentavam o Galpão em Alphaville e conheciam Bonato como uma pessoa religiosa e correta. "Elas desenvolveram amizade com o influencer, frequentando a casa dele, até que ele as abordou com intenções sexuais".

Além disso, o juiz observou que duas das vítimas relataram terem sido agredidas durante os atos sexuais e forçadas, mediante violência, a realizar sexo oral no suspeito. Todas as três vítimas mencionaram terem sido persuadidas a aceitar atos libidinosos ou conjunção carnal, influenciadas pela autoridade religiosa de Bonato e sua agressividade.

Pedido de perdão pelos pecados

Na véspera da prisão, o influenciador evangélico gravou vídeo em suas redes sociais no qual confessa ter cometido "pecados" e pede "perdão às meninas", mas sem mencionar os atos. Ele também pede perdão às mulheres que "defraudou", que tem o significado de mentir e enganar outra pessoa.
Nota do Galpão

Seis dias após a prisão de Bonato, em 26 de setembro, o movimento Galpão anunciou em comunicado oficial que "em razão da apuração dos fatos que estão sendo divulgados e de um novo tempo que Deus está nos direcionando não teremos nossos encontros na terça-feira". A nota diz ainda "que por respeito a Justiça e a todos envolvidos, aguardaremos os esclarecimentos dos mesmos".

"Essa reforma significa um novo tempo, tempo de conexão, de acessar novos níveis em Deus, tempo de alinhamento e nós convidamos vocês a fazerem o mesmo no seu secreto, em breve estaremos retornando com nossa nova agenda".


Advogada diz que Bonato nega as alegações

A advogada Samara Batista Santos, que representa Victor Bonato, emitiu uma declaração por meio de nota, esclarecendo que não pode divulgar detalhes sobre o caso devido à confidencialidade em torno da investigação. Ela destacou que seu cliente nega veementemente as acusações feitas contra ele, embora ainda não tenha sido interrogado pelas autoridades.

A advogada também informou que o investigado emitiu um pedido de perdão nas redes sociais perante as partes envolvidas, referente ao seu comportamento considerado pecaminoso no contexto religioso. No entanto, ele não estava ciente das acusações judiciais que estão atualmente em processo de investigação pelas autoridades competentes, com o objetivo de esclarecer os fatos.

Samara Batista Santos enfatizou o respeito à seriedade das alegações e reconheceu a importância de proteger os direitos de todas as partes envolvidas no caso.  

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