Eleição de 2018 colocará à prova participação feminina mais uma vez
Discussão sobre participação na política ainda engatinha na região e no Brasil
Os números são gritantes. De um lado, as mulheres representam 51,2% da população brasileira, ante 48,5% dos homens. Porém, a cada eleição, as urnas revelam uma representatividade bem diferente.
Em nível nacional, são 51 deputadas federais (apenas 9,9% das 513 cadeiras), 13 senadoras (16%). No caso do executivo, há apenas uma mulher entre os 27 governadores. A situação é parecida quando se olha a situação Parnaíbamunicipal. Entre os prefeitos, 11,57% são do sexo feminino.
Na região oeste, nenhuma cidade elegeu uma prefeita em 2016 e poucas tiveram candidatas no pleito. Em 2014, nenhuma candidata da região conseguiu uma cadeira de deputada estadual, enquanto Bruna Furlan (PSDB) foi a exceção com a reeleição para a Câmara dos Deputados.
Nas Câmaras Municipais, Barueri não tem nenhuma vereadora, enquanto Santana de Parnaíba apenas duas.
Com mais uma eleição nacional se aproximando e a chance de mudar as bancadas, o Dia Internacional da Mulher, comemorado na quinta-feira (8), serve de reflexão para o cenário.
Bruna Furlan afirma que o momento que o país vive pode contribuir para ampliar as bancadas de segmentos que não tem tido presença em Brasília. "Devido à descrença da população de modo geral com a política, nesse momento a sociedade vai se levantar para participar, homem, mulher, jovem, que estão saindo da própria sociedade, nessas organizações como o Agora! O Renova BR, eu acho que isso vai estimular uma participação da sociedade", afirmou.
"Na formulação de políticas públicas, a sensibilidade da mulher é importantíssima nesse momento e com certeza teremos nessa eleição uma grande renovação na Câmara dos Deputados e um aumento significativo da participação das mulheres", completou.
Aumento tímido
No entanto, o aumento tem sido moderado nos últimos anos. Em 2010, a alta na CâBarueri não tem nenhuma vereadora, enquanto Santana de Parnaíba apenas duas.
Com mais uma eleição nacional se aproximando e a chance de mudar as bancadas, o Dia Internacional da Mulher, comemorado na quinta-feira (8), serve de reflexão para o cenário.
Bruna Furlan afirma que o momento que o país vive pode contribuir para ampliar as bancadas de segmentos que não tem tido presença em Brasília. "Devido à descrença da população de modo geral com a política, nesse momento a sociedade vai se levantar para participar, homem, mulher, jovem, que estão saindo da própria sociedade, nessas organizações como o Agora! O Renova BR, eu acho que isso vai estimular uma participação da sociedade", afirmou.
"Na formulação de políticas públicas, a sensibilidade da mulher é importantíssima nesse momento e com certeza teremos nessa eleição uma grande renovação na Câmara dos Deputados e um aumento significativo da participação das mulheres", completou.
Percentual
Um dos debates recentes sobre o tema é a ideia de reservar um percentual de vagas obrigatórias para as mulheres, o que mobilizaria as legendas a dar mais apoio. "O partido tendo que ocupar esse percentual teria que se envolver muito mais, criar mais condições para de fato eleger esse número de mulheres", avalia.
No entanto, ela faz a ressalva de até que ponto a falta de mulheres eleitas também não é fruto da rejeição feminina ao sistema. "Muitas vezes pode ser mais importante para ela ser a chefe de uma empresa do que necessariamente ocupar um cargo na arena política".