Doação de sangue: moradores de Alphaville contam como a atitude pode salvar vidas
Uma das histórias é de Sarah Massaroto e de seu pai Elias. Há 14 anos, ele fez um transplante de fígado
No dia 14 é celebrado o Dia Mundial do Doador de Sangue, uma data de grande importância. Isso porque este ato pode salvar vidas, como salvou a do pai da moradora de Alphaville Sarah Massaroto.
Há 14 anos, Elias passou por um transplante de fígado, e durante o período de espera, as doações de sangue foram essenciais para a sua sobrevivência.
"Em vários momentos, durante a espera pelo órgão, ele precisou de doações, pois tinha cirrose criptogênica, sem causa descoberta. Ele teve várias hemorragias e, nesses episódios, precisava receber sangue. Também foi necessário durante a cirurgia de transplante", explicou.
Hoje, Elias leva uma vida normal e saudável e, segundo Sarah, a doação de sangue permitiu que ele vivenciasse diversos momentos ao lado da família.
"A doação de sangue possibilitou que ele estivesse presente nos casamentos de três filhos e no nascimento de três netos. Esse é um ato de amor ao próximo, que não causa dor nem prejudica a saúde. Para quem doa é uma sensação incrível. Para quem recebe e para a família, é um alívio, um ato de esperança", destacou.
Foi graças à doação de sangue que a moradora de Alphaville Nara Rodrigues hoje pode celebrar a vida de sua amiga Lívia, que enfrentou uma batalha contra a leucemia em 2019.
Segundo Nara, durante o tratamento, sua amiga passou por diversas intercorrências e precisou de muitas bolsas de sangue e de plaquetas.
"Fizemos uma mobilização no Instagram e batemos recorde de doações. Cerca de 180 pessoas doaram. O banco do hospital até disponibilizou a lista de doadores para que ela pudesse agradecer. Hoje, Lívia está bem, conseguiu um transplante de medula e teve um final feliz. Mas ainda há muitas pessoas na fila e a doação é super simples", apontou.
Já a moradora de Alphaville Sara Toledo decidiu erguer as mangas e doar sangue no começo deste mês para ajudar a filha de uma amiga, que foi diagnosticada com lúpus.
"Eu acho que quando ouvimos relatos de pessoas ou familiares que estão em estado grave, precisando de doações de sangue, nos motiva a doar, pois essa é a única coisa que podemos fazer para ajudar. É rápido, é gratificante e após a doação só sentimos a sensação de dever cumprido", disse.
Onde doar
De acordo com dados do Ministério da Saúde, aproximadamente 3,5 milhões de pessoas necessitam de transfusões sanguíneas anualmente, porém menos de 2% da população doa sangue. Para incentivar, neste mês, acontece a campanha Junho Vermelho.
Em Barueri, há um posto de coleta da Fundação Pró-Sangue dentro do Hospital Municipal Francisco Moran (Rua Ângela Mirella 354). Os interessados em doar devem fazer agendamento pelo site (prosangue.sp.gov.br).
É preciso atender alguns pré-requisitos básicos, como estar em boas condições de saúde, estar descansado e bem alimentado, ter um peso de no mínimo 50 quilos, idade entre 16 a 69 anos e apresentar documento original com foto.