Desemprego feminino cresce na Grande São Paulo
Por outro lado, estudo mostra avanço, apesar de lento, nas condições de trabalho
Dados divulgados nesta semana pela Fundação Seade (Sistema Estadual de São Paulo), do governo do estado, mostra um aumento no desemprego entre as mulheres na região metropolitana da capital. Os dados foram coletados em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos – Dieese).
No ano passado, houve uma taxa de 19,7% de desemprego de pessoas do sexo feminino na Grande São Paulo, ante 18,3%, no ano de 2016. Por outro lado, houve um aumento nos rendimentos. A variação positiva na remuneração foi de 1,2% para as mulheres.
A participação feminina também se mostrou forte quanto aos novos empreendedores. São 33,4%, em especial as profissionais liberais autônomas, empregadoras e donas de negócio familiar.
Participação
Em 1985, a taxa de participação feminina no mercado de trabalho era de 44,7% na Grande São Paulo, região metropolitana que engloba Barueri e Santana de Parnaíba. De lá para cá, uma mudança significativa ocorreu e hoje essa taxa chega a 55,1%.
O principal setor com a presença feminina é o de serviços, que concentra 72% das mulheres, seguido do comércio com 16%. Há ainda 10% na indústria. Em todos eles, houve uma variação negativa entre 2016 e 2017, segundo o Seade.
"[As mulheres estão] lentamente ascendendo a ocupações mais valorizadas e, da mesma forma, adentrando em nichos masculinos, para o que contribuiu o aumento da escolaridade", afirma o Seade.