Com alto número de adeptos, Alphaville pede mais infraestrutura para ciclistas
Segundo levantamento feito pela loja s2 Bike Shop, o número médio de atletas circulantes no bairro é de 8 mil pessoas por mês
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Na segunda-feira (3), foi celebrado o Dia Mundial da Bicicleta e Alphaville se destaca por receber cada vez mais ciclistas de diferentes regiões. Segundo levantamento feito na plataforma Strava pela loja s2 Bike Shop, que fica no bairro, o número médio de ciclistas circulantes no bairro é de 8 mil pessoas por mês, incluindo moradores e não moradores.
"Essa quantidade de ciclistas tem sua maior concentração nos fins de semana e no início e fim do dia durante a semana, que são os horários com menos trânsito. Nossa equipe interna de TI contabilizou essas informações de forma que usamos elas para planejar ações e conseguirmos melhores condições para nosso seguimento, como o apoio do Demutran", apontou Wellington Moreira, proprietário da loja.
O empresário afirmou ainda que houve um aumento nas vendas de bikes em 2023 e, neste ano, já há uma perspectiva de crescimento no setor.
"Na região, esse mercado cresceu 20% em 2023. A previsão é de um crescimento de 10% esse ano, o que já foi possível observar nos primeiros meses de 2024", destacou.
Falta de infraestrutura
Apesar da grande quantidade de adeptos, aqueles que praticam o ciclismo no bairro reclamam da falta de infraestrutura. Denis Campelo, que administra o grupo Giro Velocità, destacou que a infraestrutura da região é pensada apenas no trânsito de veículos.
"O crescimento populacional foi exorbitante nas últimas duas décadas, e a lógica para equacionar uma cidade disponível para carros e bicicletas pode ser quase utópica. Os projetos atuais não têm inteligência funcional, são apenas estratégias para sinalizar alguma preocupação com os usuários de bicicletas, sejam aqueles que praticam o esporte ou os que a usam como meio de locomoção".
Jeronimo Reis, atleta e criador do Instagram Ciclovia Via Parque (@ciclovia_viaparque), que divulga e incentiva o esporte na região, enfatizou que, hoje, a região está passando por muitas obras e a falta de sinalização e manutenção, que deixam o trajeto perigoso.
"A conservação das vias e a criação de novas ciclovias e ciclofaixas com certeza aumentaria a utilização de bicicletas na região para o esporte e também como meio de transporte", destacou.
Até o ano passado, Barueri tinha mais de 6 km entre ciclovias e ciclofaixas, sendo 3 km no Parque Linear, 1,5 km da Aldeia de Barueri à Estação CPTM Antônio João, 1,3 km na Avenida Aníbal Correia e 0,650 km na Avenida Pref. João Vila-Lobo Quero, além de um trecho de 1,70 km de ciclovia da Aldeia de Barueri até o Parque Linear.