Domingo, 08 Setembro 2024

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Cetesb diz que não há motivos para alarme sobre poluição do ar em cidades da região

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Cetesb diz que não há motivos para alarme sobre poluição do ar em cidades da região

Segundo estudo dos Ministérios da Saúde e Meio Ambiente, Barueri e Parnaíba tiveram os piores índices em 2023

Em 2023, na estação de Carapicuíba da Cetesb, foi anotada uma média de 12 μg/m3 de material particulado fino (Foto: Michela Brígida/Arquivo Folha de Alphaville)

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Um recente estudo do Ministério da Saúde em parceria com o Ministério do Meio Ambiente revelou que o estado de São Paulo tem as 12 cidades com os índices mais elevados de poluição do ar. Nesta lista estão Barueri e Santana de Parnaíba.

De acordo com o levantamento, esses 12 municípios registram uma média de 39 μg/m3 de material particulado fino, que são aquelas cujo diâmetro aerodinâmico é menor ou igual a 2,5 μm, e que são originadas principalmente de veículos, indústrias e queimadas.

À reportagem, Maria Lucia Guardani, gerente da divisão de Qualidade do Ar da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), explicou que, os dados de 2023 apresentados na pesquisa são estimativas e não foram utilizados dados medidos.

"Não há motivo para alarme. É importante enfatizar que o Ministério da Saúde e o Ministério do Meio Ambiente divulgaram uma estimativa. Eles tiveram acesso a um modelo matemático que faz uma estimativa de quanto foi a poluição no ano passado e não a dados medidos. Esses dados não foram comparados com estações que realmente medem", afirmou.

Estações Cetesb
A especialista enfatizou ainda que a Cetesb conta com 63 estações com equipamentos distribuídos em todo estado de SP, que monitoram dados medidos.

"Em Carapicuíba, estação mais próxima de Barueri e Santana de Parnaíba, para esse poluente que eles levaram em consideração, eles divulgaram como 39 μg/m3, enquanto a nossa estação mediu 12 μg/m3 no ano passado e para Barueri e Parnaíba o índice deve ser ainda menor", finalizou.

Tempo seco
Segundo a professora do Mestrado em Análise Ambiental, da Universidade Guarulhos (UNG), Patricia Bulbovas-Hueb, o inverno e o tempo seco agravam a situação de elevada concentração de material particulado fino na atmosfera.

“Durante o período de inverno ocorre o fenômeno natural conhecido como inversão térmica. É comum no inverno a temperatura do ar próximo à superfície do solo esfriar rapidamente, levando à formação de uma camada de ar mais fria e densa, que fica retida sob uma camada mais quente e menos densa. Nesta condição, o ar próximo ao solo não circula, impedindo que a poluição seja dispersa, levando ao aumento da sua concentração. O tempo seco, típico do inverno da região onde estão localizadas as cidades de Barueri e Santana de Parnaíba, propicia o aumento da concentração de material particulado. A chuva precipita as partículas suspensas na atmosfera, diminuindo sua concentração. Assim, quando os eventos de chuva são mais escassos, como no inverno, o material particulado concentra-se na atmosfera”, apontou. 



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