Bruna e Valmir tiveram gastos de R$ 2,4 milhões na Câmara
Valor se refere a cota que os parlamentares da região oeste pediram reembolso entre 2015 e 2017
Eleitos em 2014, Bruna Furlan e Valmir Prascidelli pertencem a lados opostos na Câmara dos Deputados. A barueriense é do PSDB, enquanto o osasquense é do PT, partidos que protagonizaram as últimas disputas eleitorais para a presidência e foram rivais em várias campanhas pela região oeste da Grande São Paulo.
No entanto, em um aspecto, os parlamentares têm poucas diferenças e entram em um cenário semelhante a boa parte dos 513 deputados. O gasto da cota parlamentar.
Entre 2015 e 2017, ambos pediram reembolso para a Câmara dos Deputados em mais de R$ 2,4 milhões, em função de gastos como as viagens aéreas entre São Paulo e Brasília, os custos com a manutenção do gabinete parlamentar, combustíveis, entre outras despesas que estão a disposição dos deputados.
Os dados são da Câmara dos Deputados e foram levantados pela Folha de Alphaville. Os dois representantes da região são cotados para disputar a eleição deste ano.
No caso de Bruna, houve um TSEaumento nas despesas na comparação com o mandato anterior em cerca de 31%. Nos primeiros três anos de seu primeiro mandato como deputada, a tucana teve custos de R$ 990 mil. Desta vez, os primeiros anos tiveram um gasto de R$ 1,299 milhão.
Com relação ao petista, Prascidelli está em seu primeiro mandato como deputado federal, com gastos de R$ 1,18 milhão entre fevereiro de 2015 e dezembro de 2017.
Funcionamento
Cada deputado tem direito a uma verba para se manter fora de sua cidade a auxílios para visitar seu domicílio eleitoral. O estado com o maior valor de cota é o Acre, onde os parlamentares podem gastar até R$ 44 mil por mês. No caso de São Paulo, são R$ 37 mil.
No entanto, cabe ao parlamentar e sua equipe definir quanto será gasto e pedir posteriormente o ressarcimento do legislativo.
Tanto Bruna quanto Valmir gastaram em média menos do que o limite estabelecido, mas perto do teto. No ano passado, quando teve custos de R$ 441 mil, o gabinete de Bruna gastou em média R$ 36,8 mil. Quando se leva em conta mês a mês, a maior despesa ocorreu em abril, quando a tucana pediu R$ 52 mil. Em dezembro, foram R$ 11 mil.
Já Prascidelli também teve uma conta semelhante. Foram R$ 403 mil despendidos no ano passado, o que dá uma média de R$ 33,6 mil.
Para garantir o ressarcimento, os parlamentares precisam apresentar as notas fiscais dos custos solicitados e todos os dados podem ser acessados no site da Câmara dos Deputados (www.camara.gov.br).