Bitcoin pode manter crescimento em 2018, mas exige cuidados
Diretor de bolsa de moedas digitais indica que é necessário pesquisa antes de abraçar criptomoedas
O ano de 2017 trouxe à tona a expansão das moedas virtuais. A compra em especial do Bitcoin teve alta de 1.751% nos últimos doze meses e chamou a atenção de brasileiros interessados em investir, mas também a preocupação de autoridades sobre até que ponto esse tipo de ação pode trazer problemas para o sistema financeiro.
Para quem atua com as moedas criptografadas, contudo, o mercado ainda tem espaço para evoluir, com mais espaço para empresas, assim como as informações sobre o modelo devem ser mais difundidas. Um exemplo é o fato de que outras moedas tiveram crescimento acima do Bitcoin, como o Ethereum e o Ripple. Porém, o Bitcoin foi o que teve o maior valor com cada um vendido a 15 mil dólares. Neste começo de ano, a expectativa é de queda, mas especialistas apontam a chance dele chegar a até 60 mil dólares no decorrer do ano.
Mas o que deve fazer quem pretende adquirir este tipo de moeda. "Primeiro, é preciso realmente entender o que é uma moeda virtual, os riscos que ela tem. Por exemplo, ela não é investimento, trata-se de um ativo não financeiro", comenta Fernando Barrueco, diretor da Bomesp (Bolsa de Valores de Moedas Virtuais), lançada no ano passado.
Pesquisa
Barrueco cita alguns sites como foxbit.com.br e mercadobitcoin. com.br, que apresentam tutoriais de como investir. Ele explica que esse ativo pode ser definido como uma commodity digital, com um valor atribuído, mas sem a presença física, como ocorre com o ouro, diamante e cobre. Um dos cuidados principais deve ser tomado após fazer a aquisição das criptomoedas. Você se torna o dono dessas moedas e precisa manter sua senha e sua chave criptografada.
"Se você perder a chave privada você perde as moedas, não tem pra quem socorrer". Além disso, o risco que você tem é que não há certeza de que alguém irá comprar sua moeda no futuro, apesar das chances de valorização.
Regulação
Barrueco é otimista sobre o futuro das moedas virtuais. Apesar de ver a necessidade da atuação das autoridades com relação aos atos ilícitos, ele crítica quem defende o fim do modelo como medida a ser tomada. Ele exemplifica que você não deve acabar com o meio para combater o crime. "E como o WhatsApp. Vamos tirar do ar porque é o veículo que alguém usa para um ato ilícito. Acabar com o carro que mata pessoas. Você não pode demonizar o instrumento, e sim criminalizar os agentes, as pessoas que utilizam para praticar atos ilícitos", reforça.
"Existem pessoas que, como as moedas estão em alta, utilizam para praticar crime de pirâmide, esses são os cuidados que as pessoas tem que ter. Quem prometer ter um lucro diário de 6%, caia fora, isso é pirâmide", completa Barrueco. O interesse de novos participantes segue aquecido. Para
negociar na Bomesp, foi lançada a 'niobium coin' e só na pré-venda foram adquiridas 1,5 milhão de unidades por investidores, com expectativa de chegar a 26 milhões até fevereiro. Os interessados no assunto podem consultar bosmesp.org.