A Agência Nacional de Saúde (ANS) determinou, por medida cautelar, que a operadora Amil reassuma a carteira de planos individuais, composta por mais de 300 mil beneficiários de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, que tinha sido transferida para a operadora Assistência Personalizada à Saúde (APS) no fim de 2021. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (4).

Uma reportagem feita em fevereiro pela Folha de Alphaville mostrou que moradores de Alphaville estavam se sentindo lesados e reclamando sobre o descredenciamento de laboratórios e médicos quando houve a transferência.

Segundo a decisão da ANS, os compradores das cotas não têm capacidade financeira suficiente para garantir o equilíbrio econômico-financeiro da APS "de modo que a transação examinada expõe a risco a continuidade e a qualidade da assistência à saúde devida aos consumidores vinculados à carteira transferida".

As empresas terão até 10 dias para se manifestar sobre a decisão. Depois desse prazo, a ANS decidirá se anula em definitivo a transferência de carteira e se tomará novas medidas sobre o caso.