Acusado de cometer crimes sexuais contra três mulheres, Victor Bonato deixa a prisão
Fundador do Galpão Alphaville foi preso no dia 20 de setembro
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Nesta quinta-feira (16), o influencer evangélico Victor Bonato, de 27 anos, saiu da prisão, após uma determinação da Justiça. Bonato, que é um dos fundadores do movimento religioso Galpão em Alphaville, ficou preso por quase 60 dias, acusado de crimes sexuais contra três mulheres.
A 2ª Vara Criminal de Barueri decidiu rejeitar um pedido para converter a prisão temporária de Bonato em preventiva. O juiz Fabio Calheiros do Nascimento determinou a expedição do alvará de soltura, mas aceitou parte da denúncia para que o réu responda por crimes sexuais.
Na decisão, o influencer foi proibido de se aproximar das três mulheres a menos de 200 metros, manter contato com elas e com os familiares delas por qualquer meio. Bonato também está proibido de deixar o país e deverá permanecer em casa durante a noite e em dias de folga. Em caso de descumprimento destas medidas, ele poderá ser preso novamente.
Em contrapartida, o juiz argumentou ainda na decisão que existem detalhes "que não se mostram consistentes para sustentar um processo judicial, mesmo depois de concluída a investigação". Nascimento cita ainda dúvidas sobre o não consentimento dos atos sexuais envolvendo um episódio relatado por uma das mulheres.
Entenda o caso
Victor Bonato foi preso no dia 20 de setembro após ser acusado de estuprar três mulheres. As vítimas, frequentadoras do espaço onde ocorriam os cultos, são duas estudantes de medicina, de 19 e 20 anos, e uma empresária de 24 anos. Elas denunciaram Bonato que usava sua "influência" no Galpão para manipulá-las e obrigá-las a manter relações sexuais com ele, crimes supostamente cometidos entre janeiro e setembro deste ano.
Os crimes teriam ocorrido na casa do influencer, para onde ele convidava as mulheres para assistir filmes. Lá, elas alegam que ele as tocou sem consentimento e as forçou a praticar sexo oral. Os depoimentos também mencionam agressões físicas, como "tapas fortes", durante os atos sexuais. Uma das vítimas afirmou que ele "sempre exigiu que nada fosse falado para ninguém."